A presidente Dilma Rousseff rebateu nesta terça-feira afirmação do diplomata Eduardo Saboia de que ele se sentiu na embaixada brasileira em La Paz com um "carcereiro do DOI-Codi", ao manter preso o senador Molina.
. O senador Aécio Neves classificou as declarações de Dilma como "deploráveis" e "indignas".
. O que disse Dilma:
- O governo age para proteger a vida. Nós não estamos em situação de exceção, não há nenhuma similaridade. Eu estive no DOI-Codi, eu sei o que é o DOI-Codi. É tão distante o DOI-Codi da embaixada brasileira lá em La Paz como é distante o céu do inferno. Literalmente isso.
. Refém política dos setores duros do PT e do bolivariano Evo Morales, Dilma tenta crucificar o seu embaixador, em vez de condecorá-lo como herói.
A fala, em entrevista coletiva após cerimônia solene no Senado, é a primeira declaração pública de Dilma após o episódio que resultou na demissão do ministro Antonio Patriota (Relações Exteriores), na noite de ontem.
- Não é a primeira vez que Dilma Roussef relembra fatos relacionados com as prisões e torturas que sofreu durante a ditadura militar, quando empunhou armas e participou de ações do grupo terrorista VAR-Palmares, inclusive da operação de assalto ao cofre da residência da amante do ex-governador Ademar de Barros. A respeito das atividades que exerceu no grupo terrorista, no entanto, a presidente faz questão de nunca declarar nada e nem comparar sua posição atual de presidente constitucional de um regime republicano e democrático e o ideário que seguia na época, que era justamente a substituição do regime republicano e democrático por um regime ditatorial e comunista.. A reclusão por tempo indeterminado de uma pessoa, mesmo num cubículo de embaixada, é, sim, tão dolorosa quanto foi a prisão de Dilma numa cela do DOI-Codi. A diferença básica é que na embaixada nunca houve tortura física, mas sempre houve tortura psicológica promovida pelos esbirros de Evo Morales e reclusão em regime fechado. Além do mais, nem é disto que se trata, mas do respeito à vida humana, inclusive sua dignidade.
Fonte: Políbio Braga
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